A líder disse que as negociações são diplomáticas, mas “há falta de respeito quando o governo afirma que irá gastar R$ 1,2 milhões para dar 6% de reajuste e admite um gasto de R$ 1,6 milhões com cargos comissionados. Estamos pedindo respeito e valorização”. Ela também lamentou a rejeição de todos os itens das cláusulas econômicas, além de nove sociais e oito sindicais. “Este é o governo do não”, criticou. Em oficio entregue a mesa diretora, o sindicato pediu para que seja feito um pacto por todos os vereadores pela não aprovação de nenhum projeto enquanto as negociações não sejam reabertas.
O presidente Jovino Cardoso Neto adiantou que a mesa diretora já havia deliberado antes da sessão que nenhuma manifestação vinda do executivo será colocada em pauta, sem que haja consenso entre os 15 vereadores e uma conversa com o sindicato e com a comissão formada no legislativo.
Sérgio Bernardo, outro dirigente sindical, afirmou que a greve foi uma exigência da categoria. Ele lamentou que alguns vereadores estivessem apoiando a proposta do governo e a decisão do secretário de administração de não aceitar a negociação permanente. Segundo Bernardo, o executivo tem margem para aumento real e deve criar uma política de reposição salarial.
Ao dizer que o executivo pediu que o Sindicato indicasse caminhos para resolver o impasse ele apresentou sugestões: “Repensar a concessão de FGs (funções gratificadas), o que não passa de um ‘cala boca’”, segundo o dirigente. “Se refizerem a historia dos FGs, podemos garantir um aumento de 3%. A redução dos comissionados e a das horas extras, também vai permitir uma grande margem”. Ao pedir a revisão das políticas de isenção de tributos, Sérgio disse que “o beneficio concedido a apenas uma gráfica de Blumenau permitiria um aumento de 6% para os servidores”. Por fim, advertiu que o prêmio assiduidade concedido pela prefeitura está trazendo problemas para um grande número de pessoas. “Não somos desonestos, somos respeitosos, temos uma cidade para cuidar porque somos servidores”.
A Secretaria Geral da Federação dos Servidores Municipais de Santa Catarina, Jucélia Vargas, renovou o apoio da entidade e lembrou que as visitas as casas legislativas se justifica no seu direito constitucional de fiscalizar o executivo. “O país apresenta crescimento em vários setores e queremos saber quando esse aumento do bolo vai ser dividido conosco. Todo ano ouvimos as mesmas lamentações”, afirmou. Ela lembrou que “o Fundeb ampara 80% da educação e o valor por aluno é de R$ 1.770 nos estados do norte e nordeste, enquanto no sul esse valor é de R$ 2.220. Lá, contudo, pagam além do piso nacional, planos de carreira melhores. Não entendemos as contas feitas pelas administrações”. A dirigente estadual citou que vários municípios estão concedendo ganho real aos seus trabalhadores e que devem servir de exemplo para Blumenau.
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