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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Câmara recebe servidores municipais em greve

A Câmara de Vereadores de Blumenau abriu espaço para os servidores municipais que participam do movimento grevista. “Não estamos aqui apenas por questões econômicas, mas por melhores condições de trabalho. Não temos equipamentos e os locais são inadequados”, afirmou a coordenadora do sindicato, Sueli Adriano.
A líder disse que as negociações são diplomáticas, mas “há falta de respeito quando o governo afirma que irá gastar R$ 1,2 milhões para dar 6% de reajuste e admite um gasto de R$ 1,6 milhões com cargos comissionados. Estamos pedindo respeito e valorização”. Ela também lamentou a rejeição de todos os itens das cláusulas econômicas, além de nove sociais e oito sindicais. “Este é o governo do não”, criticou. Em oficio entregue a mesa diretora, o sindicato pediu para que seja feito um pacto por todos os vereadores pela não aprovação de nenhum projeto enquanto as negociações não sejam reabertas. 
            O presidente Jovino Cardoso Neto adiantou que a mesa diretora já havia deliberado antes da sessão que nenhuma manifestação vinda do executivo será colocada em pauta, sem que haja consenso entre os 15 vereadores e uma conversa com o sindicato e com a comissão formada no legislativo.
            Sérgio Bernardo, outro dirigente sindical, afirmou que a greve foi uma exigência da categoria. Ele lamentou que alguns vereadores estivessem apoiando a proposta do governo e a decisão do secretário de administração de não aceitar a negociação permanente. Segundo Bernardo, o executivo tem margem para aumento real e deve criar uma política de reposição salarial.
Ao dizer que o executivo pediu que o Sindicato indicasse caminhos para resolver o impasse ele apresentou sugestões: “Repensar a concessão de FGs (funções gratificadas), o que não passa de um ‘cala boca’”, segundo o dirigente. “Se refizerem a historia dos FGs, podemos garantir um aumento de 3%. A redução dos comissionados e a das horas extras, também vai permitir uma grande margem”. Ao pedir a revisão das políticas de isenção de tributos, Sérgio disse que “o beneficio concedido a apenas uma gráfica de Blumenau permitiria um aumento de 6% para os servidores”. Por fim, advertiu que o prêmio assiduidade concedido pela prefeitura está trazendo problemas para um grande número de pessoas. “Não somos desonestos, somos respeitosos, temos uma cidade para cuidar porque somos servidores”.
            A Secretaria Geral da Federação dos Servidores Municipais de Santa Catarina, Jucélia Vargas, renovou o apoio da entidade e lembrou que as visitas as casas legislativas se justifica no seu direito constitucional de fiscalizar o executivo. “O país apresenta crescimento em vários setores e queremos saber quando esse aumento do bolo vai ser dividido conosco. Todo ano ouvimos as mesmas lamentações”, afirmou. Ela lembrou que “o Fundeb ampara 80% da educação e o valor por aluno é de R$ 1.770 nos estados do norte e nordeste, enquanto no sul esse valor é de R$ 2.220. Lá, contudo, pagam além do piso nacional, planos de carreira melhores. Não entendemos as contas feitas pelas administrações”. A dirigente estadual citou que vários municípios estão concedendo ganho real aos seus trabalhadores e que devem servir de exemplo para Blumenau.





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